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Lar Possível
Solitário quase sempre,
mas nem sempre solidão indesejada.
Imprevisível aos olhos ultrapassados.
Coincidências e um aperto bom no coração.
Os mesmos nomes postiços,
mas enfim uma atitude corajosa.
Se verdadeira, ainda vou descobrir,
mas, pelo menos, a insatisfação foi revelada.
E agora os que me acolhem.
E péssimos cicerones (mas eu sei me virar sozinho).
E corais.
E aquele cansaço depois de horas de viagem.
E aquele primo e irmão.
Ironias... olhos azuis.
Please, don't let me fell in love.
Don't make me fell in love...
Indo embora, outro, tão singelo.
Tão bonito e simples.
A ausência do excesso, às vezes, me abala.
O excesso que tanto me encanta!
Quase doentio,
mas já aprendi a me controlar.
E espero.
Já estou bom nisso.
Mas dessa vez a esperança é mais real.
Tem data marcada e boa possibilidade.
Tem chance de dar errado também,
mas, mesmo assim, vivo um presente adorável.
Agora, Curitiba.
Exatamente a uma semana da confirmação de tal possibilidade.
De dentro de um bonde chamado esperança,
escrevo minha ansiedade.
(Júlio B.)
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