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Ao Lápis (Com o Qual Escrevi Meu Primeiro Poema)
Você era um parceiro e tanto
no ardor das tardes vazias.
Abrandava sempre o meu pranto
ao escrevê-lo em longas linhas
cheias de palavras e encanto
que a grafite em suas frias
entranhas tecia qual um manto
de ideias que antes eram minhas,
mas, como se fosse algo santo,
quando você as escrevia,
tornavam-se de todos quanto
as liam, não eram mais minhas.
E tamanho era o meu espanto
que assim eu o preferia.
(Júlio B.)
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